Mestre Zé Alves de Olinda
José Alves da Cruz, o Mestre Zé Alves de Olinda, nasceu em Recife no dia 24 de junho de 1953, e desde criança já esculpia, com seu pequeno canivete, troncos de bananeiras, criando casas, bonecos e o que mais a sua imaginação lhe sugerisse. No início, teve como referência seu pai, Joaquim Alves da Cruz, que produzia brinquedos feitos de madeira e de lata.
Aos 14 anos, com o falecimento do pai, Zé Alves seguiu fazendo artesanato, criando bonecos de madeira que vendia na rua, e aos 17 anos, foi convidado por Sílvia Coimbra, dona da Galeria Nega-Fulô Artes e Ofícios, em Recife, a trabalhar em seu espaço. Lá conheceu Manoel Fontoura, o Nhô Caboclo, que se tornaria seu mestre e professor.
Suas esculturas tiveram influência no trabalho de seu mestre, tanto na técnica quanto na temática, sendo Zé Alves considerado discípulo do grande artista Nhô Caboclo. Passou a criar navios negreiros, sacis-pererês, representações de indígenas, guerreiros tribais, casas de farinha, biombos e estruturas complexas como casas de farinha articuladas. E as peças são todas pintadas nos tons preto e vermelho, que eram as cores utilizadas por Nhô Caboclo.
Alguns anos após o falecimento de seu mestre e professor, Zé Alves decidiu deixar a Galeria e mudar-se para a cidade de Olinda, tendo aí adotado o nome Zé Alves de Olinda, e fixado sua casa-ateliê. E com a contribuição da arquiteta Jenete Costa, a arte do Mestre Zé Alves chegou a muitos estados brasileiros e outros países, podendo ser encontrada em museus na França, no México, nos Estados Unidos, na Espanha, na Suíça, na Bélgica, em Portugal, dentre outros.
Referência: Artesol
